sábado, 12 de dezembro de 2009

I Encontro Mineiro/V Simpósio Regional de Etnobiologia e Etnoecologia/Sudeste


Salve salve ETNOIKOS!

Já está no ar o sítio do I Encontro Mineiro / V Simpósio Regional de Etnobiologia e Etnoecologia - Sudeste:

http://www.vsree.ufv.br/

Os eventos serão realizados entre os dias 14 e 17 de abril de 2010, na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.

O prazo para envio de resumos e causos vai até dia 31 de março. Mais informações podem ser encontradas no sítio.

Vamos participar da construção deste espaço!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

“Se não sabemos que um mundo melhor é possível, o que motiva a agir como se soubéssemos?”

“Porque é impossível a esperança sem a eventualidade do caixão”
Sociologia das Ausências. Parte deste livro é resultado da reflexão teórica e epistemológica que conduziu o autor ao projeto de investigação com o título: A reinvenção da emancipação social. Este projeto propôs estudar as alternativas à globalização neoliberal e ao capitalismo global produzidas pelos movimentos sociais e pelas organizações não governamentais na sua luta contra a exclusão e a discriminação em diferentes domínios sociais e em diferentes países. Os diferentes fatores e circunstâncias que geraram tais reflexões o levaram a três conclusões. “Em primeiro lugar, a experiência social em todo o mundo é muito mais ampla e variada do que o que a tradição científica ou filosófica ocidental conhece e considera importante. Em segundo lugar, esta riqueza social está a ser desperdiçada. É deste desperdício que se nutrem as idéias que proclamam que não há alternativa, que a história chegou ao fim e outras semelhantes. Em terceiro lugar, para combater o desperdício da experiência, para tornar visíveis as iniciativas e os movimentos alternativos e para lhes dar credibilidade, de pouco serve recorrer à ciência social tal como a conhecemos. No fim de contas, essa ciência é responsável por esconder ou desacreditar as alternativas”. Para combater o desperdício da experiência social, não basta propor um outro tipo de ciência social é necessário fazer uma crítica ao modelo de racionalidade ocidental dominante, que o autor chama de razão indolente . E assim propõe a sociologia das ausências e a sociologia das emergências, juntamente com o trabalho de tradução para desenvolver uma alternativa à razão indolente, na forma daquilo que nomeia como razão cosmopolita.
A razão indolente possui várias faces: a razão impotente, aquela que não se exerce porque pensa que nada pode fazer contra uma necessidade concebida como exterior a ela própria; a razão arrogante, que não sente necessidade de exercer-se porque se imagina incondicionalmente livre e, por conseguinte, livre da necessidade de demonstrar a sua própria liberdade; a razão metonímica, que se reivindica como a única forma de racionalidade e, por conseguinte, não se aplica a descobrir outros tipos de racionalidade ou, se o faz, fá-lo apenas para torná-las matéria-prima; e a razão proléptica, que não se aplica a pensar o futuro, porque julga que sabe tudo a respeito dele e o concebe como uma superação linear, automática e infinita do presente”.
Em conclusão, o exercício da sociologia das ausências tem lugar através de uma dimensão desconstrutiva e uma dimensão reconstrutiva. A desconstrução assume cinco formas, correspondentes à crítica a lógica da razão metonímica, ou seja, despensar, desresidualizar, desracializar, deslocalizar e desproduzir. A reconstrução é constituída pelas cinco ecologias a ecologia de saberes, ecologia de temporalidades, ecologia de reconhecimentos e ecologia de produções e distribuições sociais. Comum a todas estas ecologias é a ideia de que a realidade não pode ser reduzida ao que existe. Trata-se de uma versão ampla de realismo, que inclui as realidades ausentes por via do silenciamento, da supressão e da marginalização, isto é, as realidades que são activamente produzidas como não existentes. No mais é isso galera!!! espero que curtam o texto. Expandir o presente para contrair o futuro.
bjs saudosos
Tati
http://www.4shared.com/file/147359849/a2ac1a6b/sociologia_das_ausencias.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Seminário Saberes Ecológicos Tradicionais: cultura, biodiversidade e poder popular

E ae galera!!!

Entao recebi um email esses dias anuciando este evento. Não sei se voces já sabiam mas ta ai.... http://www.saberesecologicos.blogspot.com

Abraço

domingo, 25 de outubro de 2009

mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia

Voltando a ativa....
Acabei de ler o material disponibilizado pelo Reinaldo, ficou muito bom.
E lembrei do livro do Morin - A cabeça bem-feita, recomendo a leitura.
Morin diz sobre a inadequação dos saberes dilacerados, nossos conhecimento se dispõe em verdadeiras pilhas disciplinares herméticas. A hiperespecialização que impede de ver o global (que ela fragmenta em parcelas), e o essencial (que ela dilui). Porém, os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais, lança–se assim o desafio da complexidade ou, melhor, os desafios e porque não, modernos.
O ser humano complexo é ao mesmo tempo totalmente biológico e totalmente cultural, seria necessário conceber uma ciência antropossocial religada, que concebesse a humanidade em sua unidade antropológica e em suas diversidades individuais e culturais. Seria preciso, dentre tantos outros, ajudar as mentes a se movimentarem na noosfera (mundo vivo, virtual e imaterial, constituído de informações, representações, conceitos, idéias, mitos que gozam de uma relativa autonomia e, ao mesmo tempo, são dependentes de nossas mentes e de nossa cultura).....Enfim etnóikos, ta aí mais uma contribuição para a nossa cabeça bem feita.
Abraços e bjs saudosos de todos....
Tati

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ETNOBOTÂNICA: Reflexões sobre conceitos e métodos de pesquisa

Salve salve!!!

Primeiro a história: em agosto deste ano, fui convidado para ministrar um curso de curta duração sobre etnobotânica para estudantes de graduação em ciências biológicas, engenharia florestal e agronomia, e pós graduandos em agroecologia no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG), em Montes Claros. Achei que a oportunidade seria ótima para deixar um registro escrito, o mais breve e completo possível, de todo o trabalho de discussão e síntese sobre um tema tão amplo e complexo como a etnobotânica e as etnociências em geral. Desse jeito, durante a preparação do curso, foi produzido um material, elaborado como uma breve síntese sobre o tema: "Etnobotânica: reflexões sobre conceitos e métodos de pesquisa".

Gostaria de aproveitar este espaço do blog ETNOIKOS para disponibilizar e compartilhar o material do curso!!! Link:
http://www.4shared.com/file/139677284/ed176ba8/ETNOBOTANICA_CONCEITOS_E_METODOS.html

Finalmente, também quero aproveitar para agradecer ao pessoal do ICA/UFMG, especialmente ao amigo professor Bruno Sant'Anna, Vanessa e Pezão, pela qualidade da organização do curso, além de todos que participaram e formaram uma turma muito legal de se trabalhar! Valeu galera!

Aquele abraço!

Reinaldo Duque Brasil
(rduquebrasil@yahoo.com.br)

V Simpósio Regional e I Encontro Mineiro de Etnobiologia e Etnoecologia

Salve salve!!!

A comissão organizadora do V Simpósio Regional de Etnobiologia e Etnoecologia/I Encontro Mineiro de Etnobiologia e Etnoecologia informa que o evento será realizado entre os dias 10 e 13 de Março de 2010 na Universidade Federal de Viçosa, MG. A data limite para o envio de resumos e causos é 01 de Fevereiro de 2010.

Contato da comissão organizadora: vsree@gmail.com / rduquebrasil@yahoo.com.br / gtsoldati@gmail.com

O projeto do evento pode ser acessado pelo link: http://www.4shared.com/file/138293864/73b7a364/Projeto_IEMEE_-_VSREE_blog.html

Vamos participar da construção desse evento!

Aquele abraço!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vida de Laboratório e a produção de fatos científicos

Saudações ETNOIKOS!!!

Como um grupo de estudos em etnoecologia, devemos ter em nossas mentes que o foco das etnociências, assim como o foco da antropologia, não está restrito à apenas etnias geográfica e culturamente isoladas ou grupos humanos tradicionais... Como é difícil para as ciências e as etnociências serem simétricas em suas análises!!! Como é difícil olhar para os traços culturais que nos compõem como sujeitos individuais e coletivos!!! Por que as etnociências e a antropologia permanecem assimétricas na relação entre nós e os outros??? Por que não olham mais atentamente para os grupos humanos e seus traços culturais compartilhados no seio de nossa própria sociedade???

Neste livro de Bruno Latour, intitulado "A vida de laboratório: a produção de fatos científicos", o autor se propõe a estudar o grupo de cientistas que trabalham no laboratório de neuroendocrinologia do Instituto de Pesquisas Salk (EUA) como os antropólogos estudam tribos exóticas. Vale a pena conferir essa etnografia de laboratório. Vale a pena conhecer a proposta de Latour em prol de ciências e etnociências mais simétricas!

Aquele abraço!
Reinaldo

Link para download:
http://www.4shared.com/file/107659460/34dba660/Latour_Bruno_-_A_Vida_de_Laboratrio_a_Produo_dos_Fatos_Cientficos.html

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Do pós moderno ao pos colonial

Seguindo a onda Boaventura, mais um texto com a mesma temática:
http://www.4shared.com/file/105584164/2e8cdf79/Do_pos-moderno_ao_pos-colonial_Souza_Santos_22004.html

tigu

conhecimento tradicional e científico

Olá, para todos, segue um texto que discute conhecimento científico e conhecimento tradicional. Uma das propostas é discutir se podemos utilizar "ciência tradicional" "ciência local". Isso é importante para situãr a nossa prática, para termos em mente qual etnobiologia fazemos.
Enfim, boaventura, ops boa leitura!!
http://www.4shared.com/file/105582115/33a126f4/fabio.html
tigu

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Uma tempestade chamada Latour

Olás e alôs aos ETNOIKOS!

Vou aproveitar o embalo da discussão epistemológica para lançar na roda as ideias, no mínimo polêmicas, de Bruno Latour: autor francês geralmente rotulado como um atropólogo da ciência alternativo (eu diria "underground") com sua antropologia simétrica.
Como algumas de suas obras, podemos citar "A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos", na qual Latour utiliza um grupo de cientistas como foco de seu estudo etnológico. . . Em "Jamais fomos modernos: ensaio sobre antropologia simétrica", Latour desconstroi o conceito de modernidade de maneira supreendente, nos oferecendo uma visão semiótica da realidade que transcende as fronteiras entre sujeitos e objetos. . . Em "Aramis: the love of technology", Latour dá vida ao metrô de Paris (nem preciso falar mais nada né?!). . . E estes livros são apenas amostras do poder de impacto das ideias revolucionárias deste grande autor da atualidade.

O texto "Uma tempestade chamada Latour: a antropologia da ciência em perspectiva" de Sérgio Carrara (2002), é uma boa revisão da obra e dos impactos das ideias de Latour. Uma tempestade!!!

http://www.4shared.com/file/103758896/d495762d/Carrara_2002_Uma_tempestade_chamada_Latour.html

Aquele abraço!
Reinaldo

Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes

Saudações etnoecológicas!!!

Aproveitando a profundidade da discussão epistemológica provocada pelo "Discurso sobre as ciências" do Boaventura de Sousa Santos, proponho que mergulhemos ainda mais nas profundezas da obra deste autor, para além das dimensões abissais! Para o outro lado da linha... o lado inexistente que determina o nosso lado da linha! Mas que linha? A linha que separa a luz e o escuro. A linha que distingue o verdadeiro do falso, o certo do errado, o legal e o ilegal... Muitas linhas... muitos outros lados para os quais fechamos os olhos.

Este texto, "Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes" (Sousa Santos 2007), é um convite às profundezas mais assombrosas de uma epistemologia emergente. Divirtam-se!



Abraços!
Reinaldo

quarta-feira, 6 de maio de 2009

DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS

Salve salve ETNOIKOS!!!

Estou disponibilizando um texto muito interessante de um antropológo social/sociólogo da ciência chamado Boaventura de Sousa Santos, um autor português de escrita envolvente altamente crítica e reflexiva. O texto, intitulado "Discurso sobre as ciências", é de 1987, apesar de ainda ser bastante atual... parece que a crise do paradigma científico dominante se arrasta até os tempos de hoje, quando ainda esperamos sua ruptura e a emergência de um novo paradigma!

Divirtam-se!

Aquele abraço!

Reinaldo

http://www.4shared.com/file/103756158/7096589a/Boaventura_Sousa_Santos__Discurso_sobre_as_Ciencias_.html

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O que é um ensaio ?

Olá a todos Etnoikos,

Hoje fui ler o texto que o Julio enviou "O Sujeito Coletivo que fala" para a discussão dessa semana e na primeira linha li o seguinte: "O presente ensaio......" Já havia me deparado em textos que utilizam o gênero ensaio, mas não sabia bem o que era e qual a diferença para o gênero artigo. Uma amiga da Letras me informou mais ou menos o que era e disse que na área dela é muito comum esse tipo de trabalho, o que não acontece com muita frequência na nossa, mas deveria. Pois bem, tomei a liberdade de colocar algumas informaçõe sobre o assunto aqui no nosso blog.

O ensaio é um "estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e concludente, consistindo em exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação e julgamento pessoal. No ensaio há maior liberdade por parte do autor, no sentido de defender determinada posição sem que tenha que se apoiar no rigoroso e objetivo aparato de documentação empírica e bibliográfica. De fato, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de argumentação e por isso mesmo exige grande informação cultural e muita maturidade intelectual" (Severino, 1976, p.153)
"É uma exposição metodológica dos assuntos realizados e das conclusões originais a que se chegou após apurado o exame de um assunto. O ensaio é problematizador, antidogmático e nele deve se sobressair o espírito crítico do autor e a originalidade" (Medeiros, 2000, p. 112).

Parece que existe características objetivas que marcam o gênero ensaio como, tamanho do texto, tema abordado e outras.

Inté amanhã galera,
Tati

domingo, 3 de maio de 2009

Vídeo sobre o Umbu

Galera,
Cheguei em casa ontem de madruga e tava rolando um documentário na TV Câmara sobre o umbuzeiro, achei muito bacana e hoje fui atrás do vídeo na Internet, mas não achei ele disponível para baixar. Quem quiser ver o vídeo tem que ir no site da TV Camara, o link ja está aí.
Tive o prazer de conhecer essa árvore, realmente, é sagrada. Naquele calor de rachar a moleira, árvores sem um folha, lá está o umbu, soberano, oferecendo sua sombra.
Hoje acabei descobrindo que tem o Umbú (Phytolacca dioica), da região sul e o Umbuzeiro(Spondias tuberosa), da caatinga.

“… os umbuzeiros… irradiantes em círculo… árvores sagradas do sertão…semelham grandes calotas esféricas. Suas flores alvíssimas são a nota mais feliz do cenário deslumbrante. Desafiando as secas mais duradouras, amparam, alimentam, mitigam a sede do homem do sertão”.
Os Sertões - Euclides da Cunha

Bjs Tati