Linhas de pesquisa

1) Conhecimento e uso de recursos vegetais: plantas medicinais e alimentares
Envolve estudos de Etnobotânica e Etnoecologia, com destaque para as Plantas Medicinais e Alimentares. Ao focar o conhecimento cotidiano, de populações tradicionais, enraizadas ou não, tem-se a pretensão de, ao mesmo tempo, realizar trabalhos de pesquisa em sua interface com a extensão universitária. Dessa forma é possível construir teorias de natureza etnológicas e um outro olhar sobre o papel social da ciência e seus métodos.


2) Etnociências, Educação e Extensão
A interface da Pesquisa, com o Ensino e a Extensão é potencializada pelo uso de métodos próprios das pesquisas etnológicas. O ensino de ciências é um desafio com implicações para a interações das sociedades com os ambientes. Nesta linha problematiza-se concepções de ciências, principalmente das biológicas, e seus métodos.


3) Etnoecologia de quintais
Os quintais são objetos de indagação por sua importância social e ambiental. Representam configurações possíveis da combinação diversidade biológica e cultural em agroecossistemas que são parte das casas das pessoas. Além disso, seus estudos são estratégicos para proposições de Sistemas Agroflorestais e programas de Segurança Alimentar.

4) Etnoecologia e Etnopedologia: uso do solo e interpretação de paisagens
Do conhecimento presente em grupos sociais é possível construir processos mais sustentáveis de reprodução das condições de uso do solo. A forma pela qual vemos e classificamos os espaços é resultado de conhecimentos historicamente acumulados. As denominações dos ambientes são formas de valoração dos usos possíveis e representam traduções de experiências pregressas com implicações sobre as expecativas ou visões de futuro.

5) Metodologias e Etnociências
Contempla estudos de natureza teoricometodológica. É por seus métodos e por suas estratégias de intervenção que a prática científica revela-se como ética e como forma distinta de conhecer o que se conhece. Uma ciência única e múltipla, séria e lúdica, objetiva, subjetiva e intersubjetiva, que dialoga com a academia e com o povo. Por isso lida com diversidades e adversidades e, no exercício de sua função social, exige crítica e autocrítica para superação do etnocentrismo cientificista.